Cenário Macro – Julho 2024
O mês de julho foi marcado por movimentos importantes ao redor do mundo. Os Estados Unidos presenciaram mais uma tentativa de assassinato a um candidato à presidência, algo não tão incomum na história americana. Em um comício de campanha, no estado da Pensilvânia, o ex-presidente Donald Trump sofreu um atentado, no que talvez tenha sido uma das maiores falhas do Serviço Secreto americano da história, que levou a sua diretora a renunciar ao cargo. Ainda no campo político, depois de um desempenho ruim no debate presidencial, o atual presidente Joe Biden desistiu da candidatura e passou o bastão para Kamala Harris. As pesquisas de intenção de voto mostram uma disputa mais acirrada dela contra Trump em relação à disputa deste contra Biden
A economia segue com as características que escrevemos em cartas anteriores. O processo de desinflação em curso junto de uma economia ainda saudável e um mercado de trabalho mais ajustado. O último dado de inflação deu sequência ao bom número de maio, com o headline do CPI vindo em -0,06% m/m, registrando a menor variação mensal do núcleo do CPI desde maio de 2020, impulsionado por uma desaceleração importante no grupo de habitação.
O mercado de trabalho segue em ajuste, com algumas métricas do JOLTS voltando a patamares abaixo do nível pré-pandêmico e com a taxa de desemprego atingindo 4,1%, ainda baixa, porém com tendência positiva. Com isso o FOMC optou por manter a taxa de juros inalterada, e trouxe uma ata mais dowish do que a anterior. Durante a sessão de perguntas e respostas, o presidente do FED, Jerome Powell, deixou na mesa a possibilidade de um corte em setembro e deu uma atenção maior aos dados do mercado de trabalho, apesar de bater na tecla de que o que vem acontecendo não passa de uma normalização das condições.
O mercado se comportou com bastante volatilidade, com o VIX chegando a bater em 20 em reação aos acontecimentos. Ao longo do mês o movimento de “rotation” dos ativos, de big techs para as empresas cíclicas, ganhou muita força à medida que o mercado foi precificando 100% de corte na reunião de setembro e a possibilidade de mais 2 cortes ainda esse ano.
Na China, o Terceiro Plenum, importante encontro do Partido Comunista Chinês, não trouxe nenhum plano econômico relevante, destacando o foco no crescimento com qualidade e políticas de incentivo à tecnologia. Os dados do PIB do segundo trimestre mostraram um avanço de 4,7% anualizado, abaixo das expectativas do mercado. A fim de dar uma melhor sinalização ao mercado, o PBOC optou por cortar sua taxa de juros de 1 e 5 anos em 10 bps.
No Brasil o destaque ficou novamente para o fiscal. Apesar do governo ter anunciado o bloqueio de R$11,2bi e o contingenciamento de R$3,8, ainda não é suficiente para bater a meta de um déficit de 0,25% do PIB. O executivo tem até 31 de agosto para enviar o orçamento de 2025 para o congresso e divulgou que buscará a revisão de benefícios irregulares, que economizaria cerca R$25,9 bi, a grande dúvida é se a administração tem capital político para isso. Mesmo assim, o governo precisaria de novas medidas para atingir o centro da meta de primário em 2025.
Os dados inflacionários continuam positivos, mas o processo de deflação desacelerou na ponta e os riscos de números mais altos no final do ano aumentaram devido a desancorarem no câmbio, que atingiu patamares superiores a R$5,70. O IPCA de junho acelerou 0,21% m/m, abaixo da mediana das expectativas de 0,30% m/m, com a média dos núcleos também mostrando desaceleração.
O Copom se reuniu e optou por manter a Selic em 10,50%, não explicitando a possibilidade de alta de juros nas próximas reuniões, mas destacou a piora do balanço de risco, apontando três riscos domésticos: 1) desancorarem das expectativas de inflação, 2) resiliência da inflação de serviços sustentada por uma atividade ainda forte e 3) taxa de câmbio mais depreciada devido a políticas econômicas internas e externas. A ata acabou sendo considerada dovish pelo mercado, que precificava 4 altas de juros até fevereiro de 2026.
Mercado de Crédito Privado – Julho/ 2024
Cenário da Renda Fixa: O mês de julho foi de menor volatilidade observada durante o mês, sobre os pontos trazidos em nossa carta anterior, a seguir as nossas atualizações.
- Preocupações com o risco fiscal: conforme já mencionado, apesar do governo ter anunciado o bloqueio de R$11,2bi e o contingenciamento de R$3,8, ainda não é suficiente para bater a meta de um déficit de 0,25% do PIB.
- Desvalorização cambial persistente: A contínua desvalorização do Real em relação ao Dólar, com a moeda americana cotada perto de R$ 5,70 no final do mês.
- Críticas à atuação do Banco Central: As críticas de membros do governo permanecem. De toda forma, o Copom se reuniu na última semana do mês e optou por manter a Selic em 10,50%, não explicitando a possibilidade de alta de juros nas próximas reuniões, mas destacou a piora do balanço de risco.
- Dados de inflação abaixo do esperado: Os dados inflacionários continuam positivos, mas o processo de deflação desacelerou na ponta e os riscos de números mais altos no final do ano aumentaram devido à desancorarem no câmbio.
Curva de Juros Prefixados: O movimento de baixa nas taxas deslocou todos os pontos da curva para baixo, levando o trecho longo a níveis próximos de 11,86% abaixo dos 12,5% ao ano observados no final do mês anterior.
Curva de Juros Reais (IPCA+): As taxas de juros na curva IPCA+ não tiveram um movimento uniforme, com certa estabilidade na parte mais curta da curva e baixa nos períodos de maior duration. As taxas de juro real fecharam cerca de 30 bps nos vértices longos, como exemplo, a NTNB35 fechou o mês cotada a 6,20% ao ano, enquanto era 6,51% ao ano ao final do mês anterior.
O mercado de crédito segue aquecido, como exemplo, o mercado primário registrou emissões de R$ 73,2 bilhões em títulos de crédito, esse resultado representa um aumento expressivo em comparação com o mesmo período de 2023.
Além disso, as captações líquidas dos fundos de renda fixa seguem robustas, tanto os fundos de crédito, quanto os de infraestrutura, registraram captações líquidas expressivas, o que aumenta a demanda por títulos no mercado secundário. Esse movimento segue pressionando os spreads de crédito, que continuam em trajetória descendente durante o mês, chegando a 35 bps sobre as NTN-B e 200 bps sobre o CDI, apesar de já ser observado estabilidade e até leves aberturas de spreads em alguns papéis.
De fato relevante, no dia 24 de julho, tivemos a homologação do Plano de Recuperação Judicial da Americanas S/A. Lembramos que tudo começou em 11/01/2023 após Divulgação do Fato Relevante sobre as inconsistências contábeis, fato que impactou sensivelmente o mercado de capitais no período. Em resumo, a empresa chegou a um acordo para sanar R$50 bilhões, contando com um aporte de R$12 bilhões dos principais sócios.
BUTIÁ TOP CRÉDITO PRIVADO FIC FIRF
Em julho, o BUTIÁ TOP CRÉDITO PRIVADO FIC FIRF apresentou rentabilidade de +1,09% (120,48% do CDI). Nos últimos 12 meses, o fundo acumulou retorno de +13,97% (121,41% do CDI). O carrego bruto no final do mês fechou em CDI + 0,96, e a duration de 2,01 anos.
Durante o mês, o fundo beneficiou-se do fechamento dos spreads da grande maioria dos ativos que compõem o portfólio. Como destaque positivo de performance, tivemos as posições Smart Fit, Movida, Rede D’Or e Oncoclínicas.
Seguimos com uma postura seletiva na compra de títulos, dado o nível de preços. Durante o mês não realizamos mudanças significativas nas nossas posições. Para frente, enxergamos oportunidades interessantes em ativos bancários e de operações estruturadas.
BUTIÁ TOP ICATU SEG PREVIDÊNCIA FIRF CP
Em junho, o BUTIÁ TOP ICATU SEG PREVIDÊNCIA FIRF CP apresentou rentabilidade de +0,84% (106,74% do CDI). Nos últimos 12 meses, o fundo acumula retorno de +13,64% (118,36% do CDI). Ao final do mês, o carrego bruto encerrou em CDI +1,14% e a duration de 2,19 anos.
Durante o mês, a dinâmica do fundo foi semelhante à do BUTIÁ TOP CRÉDITO PRIVADO FIC. Como destaque positivo de performance, tivemos as posições Smart Fit, Vamos, Rede D’Or e Oncoclínicas.
Durante o mês não realizamos mudanças significativas nas nossas posições. Para frente, seguimos enxergando oportunidades interessantes em ativos bancários e de operações estruturadas.
BUTIÁ PLUS CRÉDITO PRIVADO FIRF LP
No mês de junho, o BUTIÁ PLUS CRÉDITO PRIVADO FIRF LP apresentou rentabilidade de +1,13% (124,43% do CDI). Nos últimos 12 meses, o fundo acumulou retorno de +14,18% (123,25% do CDI). Ao final do mês, o carrego bruto fechou em CDI + 1,73% e a duration de 2,24 anos.
Durante o mês, o fundo beneficiou-se do fechamento dos spreads da grande maioria dos ativos que compõem o portfólio. Como destaque positivo de performance, tivemos as posições Oncoclínicas, Rede D’Or, Localiza, Smart Fit e Eneva.
BUTIÁ DEBÊNTURES FUNDO INCENTIVADO INFRAESTRUTURA RF LP
Em julho, o BUTIÁ DEBÊNTURES FUNDO INCENTIVADO INFRAESTRUTURA RF LP apresentou rentabilidade de +4,11% no mês. Nos últimos 12 meses, o fundo acumulou retorno de +9,03%, líquido de IR. O yield da carteira encerrou o mês em 6,87%, o que representa um prêmio de 0,52% sobre a ETTJ (Estrutura a Termo de Taxas de Juros de mesma duration da carteira), a duration ao final do mês era de 4,78 anos.
O resultado proveniente de risco de mercado foi positivo para o nosso fundo. Quando olhamos a performance dos principais índices atrelados aos Títulos Públicos IPCA+, o IMA-B 5, IMA-B e IMA-B 5+ renderam, respectivamente 0,91%, 2,09% e 3,23%. Sobre o comportamento dos spreads de crédito, observamos estabilidade no mês.
Tivemos como destaque positivo de performance a posição de Americanas que, conforme já mencionado, teve seu plano de Recuperação Judicial homologado e consequentemente ocorreram as trocas dos ativos na carteira do fundo.
O Fundo de debêntures incentivadas, tem a prerrogativa de manter 85% da sua carteira em debêntures destinadas ao financiamento de infraestrutura pela lei 12.431, concedendo assim a isenção de IRRF ao seu cotista. Nosso mandato então, se adequa a filosofia de investimentos em projetos que devem fomentar o crescimento econômico e por isso, referenciamos o nosso fundo ao IDA IPCA Infra, benchmark que em nosso entendimento tem maior alinhamento de interesses com os cotistas e corrobora com a visão de longo prazo da estratégia.
- Títulos com remuneração baseada em índices de preço, como IPCA, podem ter o valor financeiro alterado retroativamente, devido à substituição da variação projetada do índice pela variação oficial.
Mercado de Ações – Julho/ 2024
No mês de junho, o Butiá Fundamental FIC FIA registrou uma alta de 5,1%, acumulando um retorno negativo de 1,9% em 12 meses. O Butiá Long Biased FIC FIA teve uma alta de 3,6% no mês, e nos últimos 12 meses, sobe 0,1%. Em comparação, o Ibovespa teve uma alta rendimento mensal 3,0% e acumula um ganho de 6,2% em 12 meses.
O mês de julho foi marcado por um pequeno avanço nos ativos de risco brasileiros. O ambiente externo contribuiu com um movimento relevante nas curvas dos EUA, o que em tese contribui bem para os ativos de risco brasileiros. No entanto, temos esbarrado numa discussão fiscal ruim, que juntamente com uma preocupação crescente com a inflação, tem freado movimentos mais positivos.
A principal contribuição de performance dos fundos no mês veio da Sabesp. A maior empresa de saneamento do Brasil finalizou seu processo de privatização e agora, com um grande controlador privado por trás, tem uma grande avenida de melhorias operacionais e expansões que irão gerar valor para o acionista. A fabricante de aviões brasileira Embraer foi outra grande contribuidora, e tem se beneficiado de um bom fluxo de notícias positivas associadas ao lançamento de novos produtos e a uma melhora do ambiente competitivo.
As companhias que contribuíram mais negativamente no período foram Energisa e Grupo Mateus. A Energisa passou por um processo regulatório negativo em uma de suas concessões, o que acreditamos que será mais do que compensado por um resultado trimestral forte, marcado por um alto consumo de energia. O Grupo Mateus parece ter sido impactado por uma preocupação setorial associada ao varejo brasileiro, mas que acreditamos não ter fundamento dada a resiliência de sua operação e sua excelência operacional, além de sua dominância geográfica.
Ainda que os valuations em geral estejam atrativos tanto em termos relativos quanto históricos, o contexto econômico brasileiro se mantém desafiador. Seguimos realizando movimentos defensivos, aguardando melhoras marginais na economia local.
Multimercado – Julho/ 2024
Nos fundos multimercado, no mês de junho, tivemos como principais contribuições positivas as posições compradas em ações no Brasil. Como principal contribuição negativa, tivemos a posição aplicada em juros reais brasileiros.
Apesar de um crescimento robusto do PIB no segundo trimestre, continuamos a observar uma desaceleração saudável da economia americana, com geração de empregos em níveis balanceados e continuação da queda dos dados de inflação. O atentado contra a vida de Donald Trump e a substituição de Joe Biden por Kamala Harris não assustou o mercado, que deu maior peso aos dados econômicos em desaceleração, com as taxas de 2 anos do tesouro americano caindo quase 50 pontos base e com a de 10 anos mais de 25bps. O mercado também passou a precificar uma alta probabilidade do início dos cortes dos juros básicos americanos em setembro, com mais um corte em novembro e outro em dezembro. As expectativas para o início dos cortes de juros nos Estados Unidos foram corroboradas pela mensagem do último FOMC e de Jerome Powell.
Apesar da queda dos juros, a alta do S&P foi mais modesta, de 1,1%, devido a uma rotação das alocações em empresas de maior peso no índice, em direção a empresas de menor capitalização, com o Russell 2000, índice que representa estas empresas, subindo mais de 10% no mês. A rotação do mercado de ações e o aumento de inclinação da curva de juros americana refletem, além da queda da inflação e das expectativas para os juros básicos da economia, a maior probabilidade de vitória atribuída a Trump após o atentado à sua vida. As empresas de menor capitalização são mais sensíveis a cortes de juros na economia, por questões de endividamento, crescimento e risco. Além disso, estas empresas estão com valuations muito descontados em comparação às grandes empresas de tecnologia, dando reforço à rotação. As políticas de cortes de impostos de Trump também podem beneficiar as empresas de menor capitalização, mas junto de maior protecionismo e restrições à imigração, deve pressionar a inflação, causando um aumento da inclinação das curvas de juros. Criptoativos também tendem a se beneficiar do apoio do candidato à categoria.
Fora dos EUA, a situação piorou. A China continua a mostrar sinais de fraqueza econômica, pressionando as commodities, principalmente as metálicas. O risco de piora nos conflitos geopolíticos aumentou com a morte de mais um líder político ligado ao Irã, pelas forças de Israel. O Irã prometeu retaliar, pressionando a cotação do Petróleo, que pode subir ainda mais se o conflito escalar. Outro risco oriundo deste conflito diz respeito aos custos logísticos, que já se encontram pressionados pelos riscos presentes nessa região importante para o transporte de mercadorias pelo mundo.
O Brasil continua a brigar com o bom desempenho dos ativos americanos. Apesar de sinalizações na direção de controle fiscal pelo governo, que, entre bloqueios e contingenciamentos anunciou R$ 15 bilhões de redução de gastos, prometendo se aproximar de R$ 26 bilhões, o mercado ainda tem sérias dúvidas da capacidade e da vontade deste governo de controlar o crescimento do endividamento. Ao mesmo tempo, as dúvidas quanto ao compromisso com o controle inflacionário da futura diretoria do Banco Central ainda pairam no ar. O último Copom decidiu pela manutenção da Selic em 10,5% e, apesar de deixar implícita uma assimetria para cima nos futuros movimentos, aparenta caminhar para buscar a manutenção da taxa nos níveis atuais por um período maior, pelo menos enquanto a diretoria mantiver a atual composição.
A desconfiança com as âncoras fiscais e monetárias brasileiras tem tido com principal válvula de escape o preço do dólar, que subiu mais 1,0%, em julho, fechando o mês com alta acumulada superior a 16% no ano. O movimento do dólar tem ainda sido impulsionado por fatores técnicos, como o desmonte de operações de carry trade que utilizam o Iene, moeda japonesa, para financiamento, após altas de juros no Japão, que levam à valorização desta moeda. A alta do dólar pressiona a inflação brasileira, que nas últimas divulgações, tem surpreendido para cima. A pressão também contamina as expectativas para os preços e para os próximos movimentos da Selic. Ainda assim, o movimento de rotação que ocorreu nos mercados de ações americanos, beneficiou as ações brasileiras, com o Ibovespa subindo 3,0% no mês.
O cenário econômico americano continua evoluindo positivamente, apesar de estarmos atentos ao risco de que a economia desaqueça demais. Continuamos com uma posição pequena comprada em sua bolsa. O ambiente local continua ruim, mas com ativos que apresentam preços e prêmios interessantes. O contexto de risco relativo à China, às eleições americanas e ao geopolítico aumentou. Apesar da piora dos riscos e do cenário ruim, zeramos nossa posição em dólar, devido ao alto nível em que a moeda se encontra. Mantemos nossas posições aplicadas em juros nominais e reais curtos, acreditando que estes apresentam preços que já refletem um cenário pessimista e que estão mais protegidos de um Banco Central que passe a dar mais importância para o crescimento do que para a inflação. Temos uma pequena posição comprada em bolsa brasileira, principalmente devido ao valuation. Continuamos a manter a posição comprada em ouro como tese conjuntural e de proteção geopolítica.
Nos fundos de ações, a principal contribuição de performance veio de Sabesp. A maior empresa de saneamento do Brasil finalizou seu processo de privatização e agora, com um grande controlador privado por trás, tem uma grande avenida de melhorias operacionais e expansões que irão gerar valor para o acionista. A fabricante de aviões brasileira Embraer foi outra grande contribuidora, e tem se beneficiado de um bom fluxo de notícias positivas associadas ao lançamento de novos produtos e a uma melhora do ambiente competitivo.
As companhias que contribuíram mais negativamente no período foram Energisa e Grupo Mateus. A Energisa passou por um processo regulatório negativo em uma de suas concessões, o que acreditamos que será mais do que compensado por um resultado trimestral forte, marcado por um alto consumo de energia. O Grupo Mateus parece ter sido impactado por uma preocupação setorial associada ao varejo brasileiro, mas que acreditamos não ter fundamento dada a resiliência de sua operação e sua excelência operacional, além de sua dominância geográfica.
Ainda que os valuations em geral estejam atrativos tanto em termos relativos quanto históricos, o contexto econômico brasileiro se mantém desafiador. Seguimos realizando movimentos defensivos, aguardando melhoras marginais na economia local.
Com relação à performance dos fundos multimercado, o Butiá Excellence FIC FIM apresentou alta de 0,95% e o Butiá Excellence Previdência FIC FIM também registrou alta de 0,81%, acumulando um retorno positivo de 6,73% e 6,19%, respectivamente nos últimos 12 meses. Em comparação, o CDI teve um rendimento mensal de 0,91% e acumula um ganho de 11,57% em 12 meses.