Butiá Investimentos

Maio 2023- Carta mensal
Veja como o mercado se comportou em maio e confira o desempenho dos nossos fundos de renda fixa e renda variável.

Cenário Macro – Maio/2023

No cenário internacional, um dos principais acontecimentos foi o aviso da secretária do tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, alertando sobre o risco de default na dívida caso não conseguissem aumentar ou suspender o teto da dívida de $31,4 bilhões até o dia 1° de junho. O teto da dívida americana já foi aumentado 78 vezes pelo congresso desde 1960, porém dessa vez, a falta de acordo entre o partido republicano e democrata a respeito do plano orçamentário do governo para redução da dívida fez com que o tesouro chegasse próximo da data limite de vencimento da dívida. Dessa vez, o desenrolar não foi diferente, com os líderes do congresso chegando a um acordo preliminar que visa suspender o limite da dívida por 2 anos, até janeiro de 2025. O embate até a conclusão do acordo acabou gerando volatilidade, resultando em performance estável para o S&P 500, que fechou o mês com 0,9% de alta. Na outra ponta, tivemos bolsa da Nasdaq avançando 6,50%, suportada por uma alta expressiva de empresas ligadas ao tema de inteligência artificial.

O mercado americano foi surpreendido com os últimos dados do PCE, que voltou a acelerar em maio. A medida inflacionária registrou alta de 0,4% em abril ante março, a expectativa do mercado de uma alta de 0,3%. O indicador foi impulsionado principalmente pelo crescimento dos preços de alimentos, serviços e bens de consumo, o preço dos serviços ex housing seguiram de lado e em elevado patamar, com o núcleo também avançando em relação ao número de março.  Este comportamento dos núcleos e dos preços dos serviços corrobora a avaliação de alguns dos diretores do FED de que a inflação tem dado poucos sinais de desaceleração e que a convergência para a meta de 2,0% tem sido mais lenta que o esperado, o que fez com que o mercado voltasse a precificar a possibilidade de novas altas no fed funds na próxima reunião.

Além disso, o payroll de maio mostrou a criação de 339 mil vagas, número acima dos 190 mil esperado pelo mercado. Por outro lado, a taxa de desemprego subiu de 3,4% para 3,7%. A soma desses fatores contribuiu para a alta dos yields das treasuries americanas. Apesar da alta das taxas, acreditamos que o cenário base reflete a manutenção dos atuais níveis de juros, principalmente devido a algumas leituras baixistas vinda da atividade, além é claro da incerteza a respeito de problemas do sistema bancário. Esse cenário também reforça nossa visão de que o juro não deverá cair ainda esse ano, como mostra a precificação das curvas.

A reabertura chinesa que o mercado tanto esperava no final de 2022 vem demonstrando sinais de fraqueza, com dados de produção industrial e vendas no varejo abaixo do esperado, contribuindo para a queda no mês do Hang Seng Index (-6,50%) e para a queda de commodities metálicas como o minério de ferro, que voltaram para o patamar de novembro de 2022. Essa conjuntura impactou negativamente o mercado doméstico devido à forte relação comercial dos dois países, com efeitos significativos nas exportações relacionadas às commodities metálicas.

No mercado interno, tivemos a aprovação do texto do novo arcabouço fiscal na câmara dos deputados, com 372 votos a favor contra 108 votos contrários, texto esse que foi visto com bons olhos pelo mercado.

Como já esperado pelo mercado, o novo texto incluiu gatilhos de ajuste, que são ativados se as contas do governo apresentarem um resultado abaixo do limite inferior da meta do primário. Caso isso se concretize no primeiro ano o governo não poderá criar despesas obrigatórias, alterar estrutura de carreira que implique aumento de despesa e ampliar subsídios. No segundo ano consecutivo do descumprimento da meta do primário o governo é proibido de aumentar gastos de despesas com pessoal, e não poderá contratar pessoal ou realizar concursos públicos, exceto para repor vacâncias. Como ponto negativo, destacamos que o aumento real do salário mínimo ficou de fora dos gatilhos apresentados, o que nos preocupa, uma vez que esse aumento impacta várias despesas do governo, o que dificulta a volta dos gastos para a trajetória das metas de superávit primário. Além disso, tivemos a volta da obrigatoriedade do contingenciamento de despesas, incluindo os investimentos, em caso de risco de descumprimento da meta do resultado primário.

Um destaque positivo do mês foi o IPCA-15 de maio, que veio em 0,51% m/m contra 0,64% m/m esperados pela média do mercado, com destaque de deflação no grupo de transportes. O núcleo de serviços foi a principal surpresa, que caiu de 0,53% para -0,06%, dado positivo, visto que é o componente que apresenta maior inércia. Ademais, a média dos 5 núcleos acompanhados pelo Banco Central cedeu de 0,45% para 0,42%. O IGP-M de maio apresentou uma queda de -1,84% com uma queda de -4,47% em 12 meses, sendo a maior deflação anual da história. Os maiores recuos vieram dos produtos industriais e agrícolas, fruto das quedas dos preços internacionais das commodities, tanto das metálicas como o ferro, quanto das agrícolas, como a soja e o milho.

A aprovação do arcabouço fiscal e a continuação das leituras inflacionárias indicando desinflação, acabaram aumentando a probabilidade de antecipação do início do ciclo de relaxamento monetário, talvez até mesmo para a reunião de agosto, provocando um forte fechamento nas curvas de juros. Apesar de marginalmente mais suave, a autoridade monetária continua alertando que a média dos núcleos de inflação ainda estão em patamares elevados, e que a não resolução da discussão a respeito de alteração nas metas de inflação ainda provoca o efeito de desancorar as expectativas, fatores que atrasam o ciclo de cortes.

Mercado de Crédito Privado – Maio 2023

No mês de maio, observamos uma melhora bastante relevante no desempenho dos ativos de crédito refletido nos fundos da Butiá. Os bons resultados retratam uma redução do pessimismo, em função do contexto macroeconômico local e uma relativa estabilização dos movimentos de captação para a classe, se comparado aos primeiros meses do ano. A menor pressão vendedora por parte dos agentes de mercado, somado ao elevado nível de carrego dos ativos, acabou resultando em um forte movimento de fechamento de spreads de crédito, principalmente naqueles atrelados ao CDI.

O fechamento de spreads pode ser visto em todos os ativos da classe, mas com indícios de um mercado bastante seletivo em termo de alocação de capital, com o movimento registrando maior intensidade nos ativos high grade, principalmente aqueles ligados a setores mais resilientes, como de energia elétrica e saneamento básico. Além disso, o estancamento do fluxo também gerou o efeito de correção de alguns excessos, principalmente de empresas específicas que já haviam endereçado seus pontos de dificuldade, e mesmo assim, possuíam um prêmio relevante para sua condição de crédito. Podemos citar o caso de Hapvida, que somente durante o mês de maio, apresentou fechamento de 96 bps na taxa indicativa de uma de suas emissões.

Acreditamos que o ponto de inflexão em relação à performance dos fundos da classe vivenciado no mês de maio vai contribuir para a restauração da confiança dos investidores, dando tração a continuidade da performance dos títulos de crédito privado. Enxergamos uma dinâmica favorável para os próximos meses, com tendência de fechamento nos spreads de crédito em magnitude variável, a depender do contexto micro de cada uma das empresas. Vale lembrar que os níveis de carrego dos títulos continuam bastante elevados, o que significa que, mesmo diante da ausência de fechamento dos prêmios, a taxa de carregamento e os juros ainda em dois dígitos geram uma performance bastante interessante para os investidores.

Em relação ao mercado de debêntures incentivadas, temos notado uma continuidade de melhora, com fechamento no spread de crédito de alguns nomes específicos, principalmente naqueles de maior qualidade. Apesar disso, os spreads de grande parte dos ativos continuam em patamares bastante atraentes, na média, pagando NTN-B de referência mais 180 bps. A aprovação do arcabouço fiscal, somado às leituras mais benignas de inflação, resultaram no movimento de fechamento de juros, o que também contribuiu para a performance da classe, com agentes demandando esse tipo de títulos para aproveitar ganhos através de risco de mercado.

Do lado micro, tivemos uma notícia positiva vindo da câmara dos deputados com o veto dos decretos presidenciais que iam contra as mudanças do Novo Marco do Saneamento. A queda dos pontos que permitiam que empresas públicas estaduais de saneamento prestassem serviços a determinadas regiões sem a necessidade de licitação, e o ponto que possibilita a inclusão de contratos irregulares nos cálculos de capacidade econômico-financeira, são essenciais para a continuidade do desenvolvimento do setor, que para atingir as metas de universalização do serviço até 2033, necessita de investimentos relevantes. Dessa forma, continuamos construtivos com novos projetos sendo financiados pelo mercado de capitais, gerando novas oportunidades de investimento.

Em relação às emissões primárias, observamos uma retomada, ainda que marginal, do pipeline de emissões. Temos notado algumas taxas atrativas para prazos mais curtos, principalmente se olharmos após o movimento de fechamento dos spreads durante o mês. Em relação ao perfil das novas emissões que estão no mercado, temos notado dominância de setores relacionados à infraestrutura e algumas operações estruturadas.

BUTIÁ TOP CRÉDITO PRIVADO FIC FIRF

Em maio, o BUTIÁ TOP CRÉDITO PRIVADO FIC FIRF apresentou rentabilidade de +1,47% (131,24% do CDI). Nos últimos 12 meses, o fundo acumulou retorno de 13,45% (99,81% do CDI). O carrego bruto no final do mês foi de CDI + 1,73% e a duration de 2,12 anos. 

O fundo apresentou uma excelente rentabilidade no mês, fruto da boa performance dos ativos à medida que o fluxo vendedor diminuiu de forma substancial. A performance é explicada, predominantemente, pela marcação a mercado dos ativos do portfólio. Apesar do bom desempenho, acreditamos que ainda há espaço significativo para a geração do retorno via continuidade do movimento de fechamento das taxas, além, é claro, do carrego elevado do portfólio.

Em relação às movimentações, decidimos desinvestir totalmente das posições em Ômega Geração e Vamos. Reduzimos marginalmente as alocações em Locamérica. Utilizamos parte do fluxo para iniciar uma posição em letra financeira do Bradesco e aumentar a exposição em Sabesp.

A grande maioria dos ativos apresentou boa performance no mês, com destaque para as posições em Hapvida, Rede D’or, Dasa e Energisa, cujas emissões alocadas fecharam, respectivamente, 96 bps, 61 bps, 40 bps e 36 bps.

Em relação a novas emissões, estamos avaliando com rigor a possibilidade de alocação em ativos estruturados que virão ao mercado no mês de junho, além de uma nova emissão no setor de concessão rodoviária.

BUTIÁ PLUS FIRF CRÉDITO PRIVADO FIC FIRF LP

No mês de maio, o BUTIÁ PLUS FIRF CRÉDITO PRIVADO FIRF LP apresentou rentabilidade de +1,56% (138,51% do CDI). Nos últimos 12 meses, o fundo acumulou retorno de +14,13% (104,81% do CDI). Ao final do mês, o carrego bruto foi de CDI +3,39% e a duration de 2,37 anos. 

A performance do fundo no mês também foi impactada pela dinâmica positiva do mercado, e em maior grau, pela nossa decisão de passar o mês mais alocado, o que se mostrou acertada.

No mês, também desinvestimos em Ômega Geração no portfólio. As alocações foram na direção de rebalancear algumas posições da carteira, com alocações tanto em ativos com maior nível de taxa, como em ativos bastante high grade, capturando o forte fechamento de taxa desses ativos.

A carteira do Butiá Plus tem um perfil de risco moderado, adicionando teses que contribuam também pela assimetria de risco e retorno e por isso, mantivemos a posição pequena em Light em nosso portfólio, cerca de 0,24%, que a despeito de todas as informações que circulam, seguem em recuperação, ratificando nossa visão de uma recuperabilidade do valor do ativo. A precificação de 30% do PUPAR no fechamento de abril foi revisada para 35% do PUPAR no fechamento de maio. Destaca-se que no mercado secundário, as debêntures de Light estão sendo negociadas acima de 40% do PUPAR.

 

BUTIÁ DEBÊNTURES FUNDO INCENTIVADO INFRAESTRUTURA RF LP 

Em maio, o Butiá Debêntures Fundo Incentivado apresentou rentabilidade de 3,56%. Nos últimos 12 meses, o fundo acumulou retorno de 2,60%. O yield da carteira encerrou o mês em 7,12%, o que representa um prêmio de 1,76% sobre a ETTJ (Estrutura a Termo de Taxas de Juros de mesma duration da carteira), a duration ao final do mês era de 5,22 anos.

No mês, o resultado do fundo pode ser atribuído, em grande parte, ao forte fechamento dos juros reais, justificado pela aprovação do novo arcabouço fiscal, marginalmente mais duro, e com leituras mais benignas vindo do lado da inflação, fatores que juntos contribuíram para a antecipação, por parte do mercado, do início do ciclo de relaxamento monetário. Além disso, nossa decisão de aumentar a duration do fundo através de alocações concentradas na parte longa da curva acabou potencializando a performance.

Apesar de ainda elevados, vimos uma boa performance vindo dos spreads de crédito, com parte significativa já passando pelo ponto de inflexão, mostrando alguns fechamentos relevantes no mês. Dentre eles, citamos Aliança Geração e CCR, com as emissões alocados fechando 36bps e 58bps no spread de crédito.

O Fundo de debêntures incentivadas, tem a prerrogativa de manter 85% da sua carteira em debêntures destinadas ao financiamento de infraestrutura pela lei 12.431, concedendo assim a isenção de IRRF ao seu cotista. Nosso mandato então, se adequa a filosofia de investimentos em projetos que devem fomentar o crescimento econômico e por isso, referenciamos o nosso fundo ao IDA IPCA Infra, benchmark que em nosso entendimento tem maior alinhamento de interesses com os cotistas e corrobora com a visão de longo prazo da estratégia.

  1. Títulos com remuneração baseada em índices de preço, como IPCA, podem ter o valor financeiro alterado retroativamente, devido à substituição da variação projetada do índice pela variação oficial.

BUTIÁ TOP ICATU SEG PREVIDÊNCIA FIRF CP

Em maio, o Butiá TOP Icatu apresentou rentabilidade de +1,43% (127,39% do CDI). Nos últimos 12 meses, o fundo acumula retorno de +12,90% (95,70% do CDI). Ao final do mês, o carrego bruto foi de CDI +1,91% e a duration de 2,18 anos.

Durante o mês, a dinâmica do fundo foi semelhante com a do Butiá Top. Em relação a novas alocações, iniciamos posição em uma LF do Bradesco, além disso, rebalanceamos diversas posições que já faziam parte do portfólio. Na ponta vendedora, também decidimos desinvestir da posição em Ômega Geração.

AçõesBUTIÁ FUNDAMENTAL (LONG ONLY e LONG BIASED):

O Butiá Fundamental FIC FIA teve uma alta de 5,5% em maio, acumulando uma queda de 0,1% no ano. O Butiá Fundamental Long Biased FIC FIM teve uma alta de 3,9% no mês, e de 2,1% no ano. O Ibovespa subiu 3,7% no mês e sobe 0,8% no ano. A rentabilidade do CDI foi de 1,12% no mês e o índice acumula alta de 5,4% em 2023.

Tivemos um mês positivo em maio, acompanhando o mercado de alta e com contribuições adicionais específicas de alguns papéis de nossa carteira. A maior contribuição positiva foi do Grupo Matheus, que apresentou um excelente resultado trimestral devido à melhora de margens e capital de giro. Os números reforçam a solidez da companhia e sua resiliência mesmo em um cenário macroeconômico mais delicado, o que vem da sua escala, força de marca na região de atuação e execução estratégica. Uma grande contribuição positiva também veio de Vivara, que apresentou resultados positivos no primeiro trimestre do ano, acima do esperado pelo mercado. A companhia teve um início de ano sem brilho, dado que muitos investidores aguardaram o desinvestimento parcial do acionista controlador, processo que acreditamos ter terminado. Por ser uma empresa de crescimento, em um nicho de alta renda, consegue ter bom desempenho operacional mesmo em momentos econômicos delicados. Sua clientela é menos afetada por altas taxas de juros e inflação, e seus momentos são vendidos em momentos de celebrações e presentes, e por isso esperamos um 2º trimestre forte com datas como Dia das Mães e Dia dos Namorados.  O Grupo Simpar também contribuiu bastante para a performance positiva no mês. A companhia divulgou resultados trimestrais em linha com o esperado pelo mercado, com contribuições positivas de Vamos e JSL, que apresentaram resultados sólidos, mas com uma contribuição negativa de Movida, que apresentou redução de frota total de carros, um sinal de desaceleração de crescimento em um contexto macroeconômico mais delicado. Como grupo, a Simpar segue preocupando investidores no que diz respeito ao endividamento, que aumentou de 0,2x no último trimestre para 3,7x. Nessa linha, iniciaram um trabalho de gerenciamento de passivo, com medidas como recompra parcial de alguns sêniores notes que a companhia havia emitido anteriormente. Mesmo com essa alta alavancagem, acreditamos que a ação estava com boas dinâmicas de valuation e negociando com um desconto de holding próximo a 40%. Nesse contexto, as ações da companhia foram beneficiadas positivamente pelo fechamento da curva de juros ao longo do mês, fenômeno que foi observado também em vários outros ativos que possuímos em nosso portfólio.

O grande detrator foi a continuação da queda das ações da Vale, assim como no mês anterior, puxadas pela queda do preço do minério. Os indicadores financeiros de crescimento seguem com perspectivas negativas no mundo, particularmente na China, e acreditamos que as commodities, de maneira geral, continuarão a sofrer no curto prazo. Apesar disso, continuamos a acreditar que empresas competitivas em custo e pouco alavancadas como a Vale são opções atraentes de investimentos. Nosso investimento em Assaí também foi desfavorável no mês, com investidores ainda preocupados com a alta alavancagem da Companhia e com um overhang advindo do desinvestimento esperado do Grupo Casino. Além disso, o Assaí tem apresentado dificuldades operacionais ao longo do seu processo de conversão de lojas recém adquiridas, que não tem apresentado a produtividade desejada. A nossa posição em 3R também mostrou contribuição negativa no período, em um mês marcado pela definição da nova política de preços de petróleo da Petrobras., que afetou o setor negativamente. A variação do brent no mês também contribuiu para esse fato, com desempenho marginalmente abaixo do mês anterior. Apesar disso, a 3R segue apresentando melhoras operacionais recorrentes, evidenciado pelo aumento de produção de 43% em relação ao mês anterior, principalmente devido à retomada de produção no cluster de Papa-Terra. Outro fato positivo para a empresa foi a licença operacional emitida pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em favor da 3R Potiguar, sua subsidiária integral.  “Dessa forma, todas as condições precedentes previstas no contrato de compra e venda do Polo Potiguar foram devidamente cumpridas pela companhia e pela Petrobrás”, destacou o comunicado emitido pela empresa.

Seguimos aumentando marginalmente a exposição a risco, tanto na posição alocada em ações, onde já atingimos um nível de alocação neutra nos fundos, quando no perfil da carteira, onde aumentamos os papéis ligados à atividade doméstica e reduzimos os papéis defensivos e exportadores. Essa movimentação advém principalmente da recente queda na curva de juros e a melhora marginal do ambiente macroeconômico interno, advindo de sinais positivos do governo em relação ao arcabouço fiscal e à queda do IPCA, fatores que foram refletidos na melhor performance dos índices de ações no mês.

Mercado de Renda Variável – Maio 2023

MULTIMERCADO: BUTIÁ EXCELLENCE FIC FIM E PREVIDÊNCIA

Butiá Excellence FIC FIM apresentou uma alta de 1,9% em maio e apresenta alta de 4,2% em 2023. A rentabilidade do Butiá Excellence Previdência FIC FIM foi de 1,9% no mês, acumulando 4,0% no ano. A rentabilidade do CDI foi de 1,1% no mês e o índice acumula alta de 5,4% em 2023. A principal contribuição positiva para nosso retorno no mês veio das posições compradas em ações da bolsa brasileira e a principal contribuição negativa veio da posição vendida em bolsa americana. Também tivemos contribuições positivas das posições aplicadas em juros brasileiros e em crédito privado.

O cenário internacional foi marginalmente positivo, com o avanço da extensão do limite do teto da dívida americana, reduzindo um dos riscos de cauda do cenário. Com isso o S&P 500 fechou o mês com 0,9% de alta, puxado pelas empresas ligadas ao tema de inteligência artificial. Também tivemos um PCE mais comportado, mas o último Payroll, com forte abertura de vagas, manteve a curva de juros pressionada. No lado negativo, temos dados ruins ligados ao crescimento chinês, o que causou uma pressão negativa nos preços das commodities, especialmente as metálicas. Os preços do petróleo também sofrem, apesar de seguidos cortes de produção de países membros da OPEP. Continuamos a ver um desequilíbrio na precificação das ações americanas, que apresentam um prêmio de risco muito baixo frente à persistência inflacionária e aos riscos de recessão ou de outros impactos negativos decorrentes das altas nas taxas de juros. Além disso, a posição vendida serve para contrabalancear a exposição ao risco de parte de nossa posição comprada em ações brasileiras.

No cenário local, tivemos forte alta do mercado de ações, com alta de 3,7% no mês. A alta advém principalmente da recente queda na curva de juros e a melhora marginal do ambiente macroeconômico interno, advindo de sinais positivos do governo em relação ao arcabouço fiscal e à queda do IPCA. O movimento foi ainda mais forte no índice de small caps, que subiu 12,9% em maio. A diferença de performance se deve à performance negativa de ações ligadas a commodities, que se prejudicam da desaceleração chinesa e global, em relação à performance das empresas de menor porte e ligadas ao mercado interno, que se beneficiam da queda da curva de juros. Como o índice small apresenta maior concentração que o Ibovespa no segundo grupo, sua performance foi significativamente superior. Nesse sentido aumentamos também nossa exposição a ações do segundo grupo em nossos portfólios ao longo do mês. A queda da curva de juros brasileira também foi benéfica para nossas posições aplicadas em juros e em crédito privado, cujos spreads continuam em níveis interessantes. Continuamos com nossas posições aplicadas em juros e crédito privado e aumentamos nossa exposição ao dólar, que funciona como interessante proteção para as posições de risco do portfólio nos níveis atuais. A redução do risco fiscal, combinada ao arrefecimento da inflação, nos levou ao maior nível de exposição ao risco em vários meses, com uma posição levemente acima da neutra.

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