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Real: Incertezas sobre rumo da moeda deixam gestores em cima do muro
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Gestoras não estão tão otimistas com a moeda brasileira, mesmo com a valorização acumulada no ano de mais de 10% em relação ao dólar.

O levantamento mais recente do banco digital Modalmais com base na percepção de diferentes instituições do mercado sobre os investimentos no Brasil mostrou que 38% dos gestores consultados disseram estar otimistas com a moeda local, contra 38% neutros e 23% pessimistas.

Segundo a edição de maio da pesquisa Termômetro de Mercado, existe uma dificuldade por parte das gestoras em assegurar os rumos do real, mesmo com a possibilidade de novas altas nos juros.

O movimento tem uma possível explicação: com o Federal Reserve (Fed) iniciando o ciclo de aperto monetário nos Estados Unidos, investidores estão migrando para ativos/moedas mais seguros, como o dólar.

Dados do levantamento revelam que a maioria dos gestores (62%) adota uma postura pessimista em relação aos juros norte-americanos, o que explica por que uma boa parcela dos consultados mantém a visão construtiva em relação ao dólar intacta, com 46% dos consultados se dizendo otimistas.

“Pode-se dizer que os resultados com relação a juros e USD estão alinhados, visto que um resultado pessimista para juros americanos pode provocar uma corrida maior para a moeda americana”, explica o Modalmais.

O mercado trabalha com a possibilidade de que o ciclo de elevação da Selic no Brasil está próximo do fim, com aposta de uma nova alta de 0,5% na reunião da semana que vem.

Sobre a taxa de juros norte-americana, a perspectiva é de uma postura ainda mais hawkish (agressiva em relação à inflação).

Bresser Asset Management acha improvável que o Fed encerrará o ciclo de alta perto dos 3%.

“Ao contrário, pode até acelerar o ritmo atual de ajuste”, afirma.

A gestora acredita que é possível que o mercado mude suas expectativas para algo próximo de 5%.

Para a Butiá Investimentos, o Fed parece “muito defasado” no combate à inflação.

“Provavelmente, [o Fed] vai ter que seguir uma política de juros mais restritiva do que a atualmente precificada”, avalia.

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